O Futuro do Trabalho, Hoje! por Leonardo Amaral Lopes
O Futuro do
Trabalho, Hoje!
Leonardo Amaral Lopes
O resultado de uma pesquisa apresentada no último World
Economic Forum apresentou a Mudança na Natureza do Trabalho como sendo o Driver
#1 de mudanças demográficas e socioeconônicas no mundo. E como isso se reflete
no dia a dia das organizações?
Na aquisição de serviços profissionais, por exemplo, já
notamos uma nova tendência no formato das contratações e uma maior valorização
da competência, do indivíduo e dos resultados. Isso já aparece em um estudo
recente da Forrester Consulting, realizado com tomadores de decisões de algumas
das maiores empresas americanas. Nesse estudo, aqueles que apontaram buscar
ajuda externa para melhorias em processos, recorrem nessa proporção aos seguintes
especialistas:
14% - Consultores ou Especialistas Independentes
8% - Boutiques de Consultoria
22% - Grandes Empresas de Consultoria
11% - Terceirizados
Ainda nesse estudo, foi apontado que 78% dos clientes que
contratam times on demand estão satisfeitos com esse formato e apontam como os
3 principais benefícios #1 - Fresh Thinking, #2 - Faster Innovation e #3 Faster
Delivery.
Além disso, quando pensamos de forma mais ampla nos desafios
das relações de trabalho que estão em curso, tanto do lado das empresas quanto
dos profissionais, observamos algumas outras tendências muito mais profundas
que o advento das terceirizações de processos de negócios (BPO) ou da
globalização, iniciadas a partir da virada de século.
Nesse contexto, e reforçando o fato de que essas mudanças
não serão efêmeras, sabemos que as novas gerações não se contentam com os
desafios "sem causa ou propósito", com pouca flexibilidade e
densidade hierárquica e funcional, bem como com a falta de autonomia dos
empregos tradicionais. Com isso, elas vêm se distanciando desse universo. Por
outro lado, as organizações "clássicas", com pressões sempre
crescentes por ganhos de eficiência e também ameaçadas por centenas de startups
se propondo a fazer melhor, mais rápido e mais barato o que elas fazem hoje,
não tem outra opção senão incorporarem uma cultura de inovação e agilidade e
colherem os benefícios desses novos tempos.
Como resultado, observamos uma tentativa de aproximação das
empresas com o ambiente das startups, através da criação de iniciativas de
corporate venture, com investimentos em programas de empreendedorismo e
inovação aberta, aquisições, participações, estímulo ou início de suas próprias
startups, muitas vezes em suas aceleradoras in company. Hoje, de acordo com o
mapa do corporate venture no Brasil da Altivia Ventures, temos quase 100
empresas no país com iniciativas formais dessa natureza.
Notamos, também, um grande aumento nas iniciativas de
fomentar nos times internos a atitude empreendedora e a tolerância ao risco. E,
principalmente, os gestores mais inovadores vem quebrando estruturas funcionais
rígidas para uma movida por projetos, atividades e desafios com início e fim
definidos que se desdobram em ciclos de novas iniciativas. Essas iniciativas
são compostas por times multifuncionais, de dentro da própria organização ou
externos, requerendo as mais variadas competências em processos e indústrias.
Tudo isso exige tolerância ao risco, flexibilidade, adaptação, comunicação
fluída, experimentação, autonomia, staff on demand e muita tecnologia. É o que
chamamos de uma Agile Workforce.
Bem-vindos ao Futuro do Trabalho!
Leonardo Amaral Lopes
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